top of page
LogoOficial.png

Comportamento Bystander e Difusão de Responsabilidade: Experiências e Testemunhos

  • Foto do escritor: psychology4humans
    psychology4humans
  • 7 de jul. de 2020
  • 2 min de leitura

Atualizado: 18 de jul. de 2020




CASO: Kitty Genovese

1964 - Nova York

Kitty Genovese voltava para casa depois de trabalho, de madrugada, quando foi esfaqueada à porta de casa por um estranho. Com os seus gritos, o agressor fugiu no seu carro. Apesar de estar ferida, tentou chegar a casa, mas dez minutos depois o agressor voltou, violou-a e tornou a esfaqueá-la. Quando finalmente a polícia chegou era tarde demais. Kitty morreu a caminho do hospital, aos 28 anos de idade.

Apesar de toda a brutalidade do assassinato, um dos aspetos que mais chocou as pessoas foi o facto de Kitty ter gritado e implorado por ajuda durante mais de meia hora, mas ninguém ter intervindo.

38 pessoas testemunharam o ataque de alguma forma, segundo os próprios depoimentos. Mas ninguém foi capaz de chamar a polícia de forma célere ou pedir assistência médica para socorrer a vítima.


Porque é que as pessoas que testemunharam não ajudaram?

O caso da Kitty desencadeou uma série de estudos sobre o comportamento bystander. Os estudos clássicos de Darley & Latané (1968) tiveram como objetivo simular situações de emergência com vários grupos de pessoas, para ver quais seriam os resultados.


Verificaram que…

A) comportamento de ajuda diminuía à medida B) o tempo de reação aumentava quanto maior

que o número de bystanders aumentava. fosse o número de bystanders.

(Darley & Latané, 1968)

Assim que o número de bystanders aumenta, é menos provável que as pessoas reparem no incidente, menos provável que interpretem isso como um problema, e menos provável que assumam a responsabilidade de agir perante aquela situação (Sutton & Douglas, 2013).

Diante desta situação estamos perante o fenómeno da Difusão da Responsabilidade.


Difusão de Responsabilidade


Perceção de que a responsabilidade de agir não é nossa.

It’s none of my business” ou “alguém já fez por mim”. (Darley & Latané, 1968).


Quando os sujeitos estão sozinhos essa responsabilidade está concentrada neles próprios, daí a maior probabilidade para agirem. A difusão da responsabilidade é um dos principais fenómenos que contribui para as pessoas adotarem um comportamento bystander.

Concluindo….

Darley & Latané (1968) perceberam que Kitty Genovese não morreu apesar de haver muitas testemunhas, mas exatamente porque havia muitas testemunhas. Bastaria apenas uma pessoa para a ter ajudado naquela situação.

TESTEMUNHO: Movimento Black Lives Matter




Movimento Black Lives Matter

O movimento Black Lives Matter foi criado em 2013, em resposta à absolvição do assassino de Trayyon Martin, um adolescente afro-americano. É um movimento ativista contra a violência e discriminação racial, supremacia branca, brutalidade policial e desigualdade racial no sistema de justiça criminal.

Em 2020 este movimento tão importante volta a ganhar um lugar de destaque na comunicação social e na agenda política após o assassinato de George Floyd, pelas autoridades policiais americanas na cidade de Minneapolis, Minnesota.

Este acontecimento catapultou um conjunto de protestos por todo o mundo, fazendo com que muitos quebrassem o silêncio e se manifestassem sobre a posição desigual e discriminatória que sofrem todos os dias, e que ainda persiste enraizada nas sociedades contemporâneas, mostrando que ainda há um longo caminho a percorrer na luta contra o racismo, discriminação e segregação social.



Posts Relacionados:


Comments


Obrigado por enviar!

© Copyright PsicologiaParaHumanos©
bottom of page